segunda-feira, 15 de abril de 2013



Deus de bondade,
nós vos louvamos porque,
diante das incertezas e sofrimentos deste mundo,
a vossa fidelidade sempre nos leva à renovação da esperança,
pois o vosso amor nunca nos deixa sós,
e vós sempre realizais o que prometeis.

Senhor Jesus,
que passais pela nossa vida hoje e nos chamais,
único capaz de saciar nossa sede de esperança,
ajudai nossos jovens a responder com coragem
e generosidade ao vosso chamado.
Fazei-os provar o Amor maior,
para que possam entrar em comunhão com o Pai no Espírito Santo,
amar e servir, como vós, a todas as pessoas
e, assim, viver a esperança e a vida plena.

Senhor Jesus,
que o vosso Espírito fortaleça a fé de nossas famílias e comunidades,
aumente em nós o amor à Eucaristia e à vida de oração;
que Ele nos dê sacerdotes zelosos,
que acompanhem e animem os jovens
a dizer sim ao vosso chamado,
na entrega total ao serviço a Deus e aos irmãos,
para que encontrem o sentido pleno da própria existência,
e sejam sinais de esperança para o mundo de hoje.

Maria Santíssima,
que, na juventude, soubestes confiar em Deus e lhe dizer sim,
ajudai nossos jovens a elevarem seus corações a Deus
e, acolhendo Jesus, a encontrarem a alegria que o mundo não pode dar;
a se tornarem chamas vivas do Amor infinito e eterno
na construção de um mundo novo,
em que se revele o Reino de Deus.
Amém.

quinta-feira, 28 de março de 2013


Depois do sucesso do YOUCAT, a Agenda YOUCAT, o Youcat Orações, (todos já disponíveis em língua portuguesa) o “YOUCAT – Curso para o Crisma” (em processo de tradução), agora está sendo preparado para a Coleção YOUCAT, o DOCAT. O nome embora seja uma combinação do verbo Inglês “fazer” e “Catecismo” (fazer alguma coisa) (Catecismo), ele descreverá em 12 capítulos numa linguagem jovem, a Doutrina Social da Igreja Católica e seu impacto nas áreas de trabalho, negócios, política, meio ambiente e paz. 

O DOCAT terá o mesmo o design gráfico e formato do nosso Catecismo Jovem. Segundo Bonacker Marco, colaborador do projeto, teólogo e Doutor em Ciências Sociais, “essa nova ferramenta também será baseada em perguntas e respostas, para que o jovem compreenda e se aproxime do que a Igreja ensina em sua Doutrina Social”. Para isso recentemente um grupo de jovens foram novamente convidados para durante um fim de semana fazerem um teste sobre o que está sendo elaborado. A obra também conta com colaboração e orientação do Cardeal Arcebispo de Munique, Reinhard Marx e do especialista em assuntos sociais e político, Norbert Blüm.

O DOCAT, seguindo os passos e propostas da Nova Evangelização, vem para recordar aos jovens que sua principal tarefa enquanto cristãos em todo o mundo é também encher de Fé, Esperança e Caridade, os espaços, que pouco foram sendo instrumentalizados, esvaziados de sentido e dignidade. A Igreja como mãe também pensa nas questões sociais, tem sempre algo importante para contribuir e naturalmente se preocupa com tudo o que deve ser bem ordenado para está a serviço de todos. No Século XIX, a industrialização teve um importante crescimento. Mas a Igreja não ficou em silêncio sobre os efeitos negativos da Revolução Industrial e da Urbanização, no que dizia respeito à violação da dignidade humana e dos direitos humanos e sociais. Diante disso ela trouxe ao mundo o seu olhar por meio da Encíclica “Rerum Novarum” do Papa Leão XIII. Uma outra importante contribuição foi a “Pacem in Terris” do Papa João XXIII, publicado em abril de 1963 . E os seus sucessores como Bento XVI e João Paulo II também deixaram um bonito legado sobre o modo como a Igreja reflete o homem na sociedade. Nosso querido Papa Francisco tem nos acenado pouco a pouco que os seus passos seguirá também os dos seus antecessores, sobretudo no que diz respeito à presença no mundo de uma “Igreja chamada a sair de si mesma para ir às periferias, não só às geográficas, mas também às periferias existenciais: as do mistério do pecado, da dor, da injustiça, da ignorância e prescindência religiosa, do pensamento, de toda miséria”.

O DOCAT tem, portanto o desejo de trazer aos nossos jovens numa linguagem dinâmica e atraente toda essa riqueza de ensinamentos sociais da nossa Igreja. Como certamente esse novo instrumento de formação atrairá a atenção de muitos, vale lembrar que a obra que será lançada pelo YOUCAT CENTER de Augsburg entre julho e outubro desse ano, é originalmente alemã. E o processo de concessão para os direitos de tradução e publicação é naturalmente lento. Sendo aprovado durante o curso do segundo semestre pelos órgãos competentes, (tanto a Editora que detém os direitos autorais para a língua portuguesa, quanto a Conferência Episcopal Local), provavelmente já teríamos o DOCAT entre nós a partir de 2014. Enquanto não chega por aqui, rezemos e usemos o que de bom já temos: o Catecismo Jovem, a Agenda, e o Youcat Orações. 

sexta-feira, 1 de março de 2013


Espaço Vocacional
A DIGNIDADE E A VOCAÇÃO DA MULHER
Pe. José Felippe Netto


No dia 8 de março celebra-se o Dia Internacional da Mulher, lembrando
toda a luta para conquistar o seu lugar e a sua dignidade na sociedade
e no mundo. E cada vez mais essa conquista vai crescendo. Por que essa
data?

No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, em
Nova Iorque, fizeram uma greve para reivindicar melhores condições de
trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As
mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada,
carbonizando aproximadamente cento e trinta tecelãs. Hoje a mulher
encontra-se em atividades até então destinadas apenas ao sexo
masculino.

Na Igreja não é diferente. A maioria das pessoas que frequentam
nossas igrejas pertence ao sexo feminino. Aos poucos elas foram
conseguindo o seu espaço. Se você der uma “pinçada” nos grupos
eclesiais: movimentos, pastorais, ministérios não ordenados,
associações religiosas, catequese, grupos de canto, liturgia,
constatará que são participados, em sua maioria, por mulheres.
Será que elas têm mais vocação, aptidão, gosto, disposição, boa
vontade e disponibilidade do que os homens? Ou estes acreditam que
“coisas de Igreja” são apenas para mulheres e crianças? Dê uma espiada
nas novenas de Natal e nos encontros de quarteirões.

No discurso às participantes do Encontro Nacional do Centro Feminino
Italiano, em 6 de dezembro de 1976, o Papa Paulo VI declarou: “No
cristianismo, de fato, mais que em qualquer outra religião, a mulher
tem, desde as origens, um estatuto especial de dignidade, do qual o
Novo Testamento nos atesta não poucos e pequenos aspectos”. Os
participantes do Sínodo dos Bispos, realizado em outubro de 1987,
dedicado à vocação e missão dos leigos na Igreja e no mundo voltaram a
ocupar-se da dignidade e da vocação da mulher.

Em 15 de agosto de 1988 foi publicada a Carta Apostólica de João
Paulo II intitulada “A Dignidade e a Vocação da Mulher”, que em sua
introdução mostra que “A dignidade da mulher e a sua vocação – objeto
constante de reflexão humana e cristã – têm assumido, em anos
recentes, um relevo todo especial. Isso é demonstrado, entre outras
coisas, pelas intervenções do Magistério da Igreja, refletidas nos
vários documentos do Concílio Vaticano II”.

Em sua conclusão o Documento diz: “A Igreja, portanto, rende graças
por todas e cada uma das mulheres: pelas mães, pelas irmãs, pelas
esposas; pelas mulheres consagradas a Deus na virgindade; pelas
mulheres que se dedicam a tantos seres humanos, que esperam o amor
gratuito de outra pessoa; pelas mulheres que cuidam do ser humano na
família, que é o sinal fundamental da sociedade humana; pelas mulheres
que trabalham profissionalmente, mulheres que, às vezes, carregam uma
grande responsabilidade social; pelas mulheres “perfeitas” e pelas
mulheres “fracas” – por todas: tal como saíram do coração de Deus, com
toda a beleza e riqueza de sua feminilidade”.

Por tudo isso devemos tirar o chapéu às mulheres de nossa Igreja. A
elas, o nosso respeito, a nossa admiração e o nosso carinho. Uma
saudação especial a todas as mulheres que se dedicam à Pastoral


Serviço de Animação Vocacional.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

RETIRO ESPIRITUAL - CURSO PROPEDEUTICO

Entre os dias 10 e 13 de fevereiro, os alunos do Curso Propedêutico se reuniram nas dependências do Seminário Diocesana para realizarem o Retiro Espiritual de início de ano. O Retiro foi pregado pelo Pe. Marciel Silva de Lima, formador desta etapa formativa.O Retiro teve como tema, "Nas pegadas do Mestre" e nos moldes dos Exercícios Espirituais Inacianos, os cinco jovens foram levados a um encontro com o Senhor Jesus através da oração e da contemplação de textos da Palavra de Deus.







Quaresma é:

"Tempo privilegiado de conversão, de combate espiritual, de jejum medicinal e caritativo, a Quaresma é, e sobretudo tempo de escuta da Palavra de Deus, de uma catequese mais aprofundada, que recorda aos cristãos os grandes temas batismais, em preparação para a Páscoa.
No tempo da quaresma, o povo de Deus empreende um esforço exigente, porém libertador, que deve abri-lo ao chamado do Senhor e da comunidade cristã. Privando-se do alimento terreno, nas múltiplas formas que se lhe apresentam, aprenderá a saborear, acima de tudo, o Pão da Palavra de Deus e da Eucaristia, e melhor sentirá o dever de dividir os bens com os outros" (Missa Cotidiano).


A Campanha da Fraternidade deste ano tem como objetivo geral, "acolher os jovens

no contexto de mudança de época,
propiciando caminhos para seu protagonismo
no seguimento de Jesus Cristo,
na vivência eclesial
e na construção de uma sociedade fraterna
fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz”.
 Como objetivos específicos:
NÍVEL PESSOAL: “Propiciar aos jovens um encontro pessoal com Jesus Cristo afim de contribuir para sua vocação de discípulo missionário e para a elaboração de seu projeto pessoal de vida”; 
NÍVEL ECLESIAL: “Possibilitar aos jovens uma participação ativa na comunidade eclesial, que lhes seja apoio e sustento em sua caminhada, para que eles possam contribuir com seus dons e talentos”; 
NÍVEL SOCIAL: “Sensibilizar os jovens para serem agentes transformadores da sociedade, protagonistas da civilização do amor e do bem comum”

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Propedêutas chegam à Casa de Formação.

Na manhã do dia 09 de fevereiro, os aprovados para o Curso Propedêutico 2013, chegaram à Casa de Formação para inciarem este período de discernimento vocacional. Acompanhados de seus familiares, os jovens Guilherme, Kleber, José Vinícius, Samuel e Thales, foram acolhidos pelo seu formador, o Pe. Marciel Silva de Lima, bem como pelos seminaristas do terceiro ano de filosofia, Cleber, Leandro e Robert. Instalados em seus quartos, participaram da Santa Missa.










terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

ASSEMBLÉIA SAV/PV

O Regional Sul 1 da CNBB, promoverá  nos dia 01, 02 e 03 de março no Santuário de Schoesstatt em Atibaia-SP, sua Assembléia Regional. O tema da assembléia será "Mudança de época e Evangelização da Juventude". Contaremos com a assessoria do Professor Flávio Sofiati da Universidade Federal de Goiás que tem realizado diversos estudos sobre a juventude.


RETIRO ESPIRITUAL

Aconteceu entre os dias 28 de janeiro e 01 de fevereiro, no Seminário Franciscano Santo Antonio do Alto da Serra em São Pedro-SP, o Retiro Espiritual Anual dos seminaristas da filosofia e da teologia do Seminário Diocesano Nossa Senhora do Carmo.
O retiro foi conduzido pelo Pe. Mauro Odorissio, religioso passionista, que com muita sabedoria e santidade, conduziu os seminarista para um encontro pessoal com o senhor através da Palavra Deus. Biblista e exegeta de formação, Pe. Mauro nos ensinou que o verdadeiro santo teologiza de joelhos e nos mostrou ainda que fé e razão podem caminhar juntas, temperadas pela espiritualidade.





sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

PROGRAMAÇÃO DO SAV/PV 2013


Encontros Vocacionais:

+ 17/03 - Creio: Em quem, porque e para que.
+ 21/04 - Razões para crer: Tenho?
+ 19/05 - Batismo: Fonte de todas as vocações.
+ 16/06 - Eucaristia: Alimento da vocação.
+ 18/08 - Crisma: Sacramento da Maturidade Cristã.
+ 15/09 - Bíblia: Palavra de Deus, sustento da nossa fé.
+ 20/10 - Igreja: Lugar do discipulado e da missão.
+ 17/11 - Manhã de Espiritualidade: Maria, Mulher de Fé.

23/02 - Retiro Espiritual para a Equipe Diocesana

05/05 - Encontro de Formação para a Equipe Diocesana.

28/07 - Encontro de Formação para as Equipes paroquiais de Pastoral Vocacional
Tema: No caminho da fé, redescobrir a Vocação Profética.

05/10 - Encontro de Formação para a Equipe Diocesana.

09/11 - Encontro de Avaliação e Programação.




Mensagem para o 50º dia Mundial de Oração pelas Vocações.
“AS VOCAÇÕES, SINAL DE ESPERANÇA FUNDADA NA FÉ

Amados irmãos e irmãs!

No quinquagésimo Dia Mundial de Oração pelas Vocações que será celebrado no IV Domingo de Páscoa, 21 de Abril de 2013, desejo convidar-vos a refletir sobre o tema «As vocações sinal da esperança fundada na fé», que bem se integra no contexto do Ano da Fé e no cinquentenário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II. Decorria o período da Assembleia conciliar quando o Servo de Deus Paulo VI instituiu este Dia de unânime invocação a Deus Pai para que continue a enviar operários para a sua Igreja (cf. Mt 9,38). «O problema do número suficiente de sacerdotes – sublinhava então o Sumo Pontífice – interpela todos os fiéis, não só porque disso depende o futuro da sociedade cristã, mas também porque este problema é o indicador concreto e inexorável da vitalidade de fé e amor de cada comunidade paroquial e diocesana, e o testemunho da saúde moral das famílias cristãs. Onde desabrocham numerosas as vocações para o estado eclesiástico e religioso, vive-se generosamente segundo o Evangelho» (Paulo VI, Radiomensagem, 11 de Abril de 1964).
Nestas cinco décadas, as várias comunidades eclesiais dispersas pelo mundo inteiro têm-se espiritualmente unido todos os anos, no IV Domingo de Páscoa, para implorar de Deus o dom de santas vocações e propor de novo à reflexão de todos a urgência da resposta à chamada divina. Na realidade, este significativo encontro anual tem favorecido fortemente o empenho por se consolidar sempre mais, no centro da espiritualidade, da ação pastoral e da oração dos fiéis, a importância das vocações para o sacerdócio e a vida consagrada.
A esperança é expectativa de algo de positivo para o futuro, mas que deve ao mesmo tempo sustentar o nosso presente, marcado frequentemente por dissabores e insucessos. Onde está fundada a nossa esperança? Olhando a história do povo de Israel narrada no Antigo Testamento, vemos aparecer constantemente, mesmo nos momentos de maior dificuldade como o exílio, um elemento que os profetas de modo particular não cessam de recordar: a memória das promessas feitas por Deus aos Patriarcas; memória essa que requer a imitação do comportamento exemplar de Abraão, o qual – como sublinha o Apóstolo Paulo – «foi com uma esperança, para além do que se podia esperar, que ele acreditou e assim se tornou pai de muitos povos, conforme o que tinha sido dito: Assim será a tua descendência» (Rm 4,18). Então, uma verdade consoladora e instrutiva que emerge de toda a história da salvação é a fidelidade de Deus à aliança, com a qual Se comprometeu e que renovou sempre que o homem a rompeu pela infidelidade, pelo pecado, desde o tempo do dilúvio (cf. Gn 8,21-22) até ao êxodo e ao caminho no deserto (cf. Dt 9,7); fidelidade de Deus que foi até ao ponto de selar a nova e eterna aliança com o homem por meio do sangue de seu Filho, morto e ressuscitado para a nossa salvação.
Em todos os momentos, sobretudo nos mais difíceis, é sempre a fidelidade do Senhor – verdadeira força motriz da história da salvação – que faz vibrar os corações dos homens e mulheres e os confirma na esperança de chegar um dia à «Terra Prometida». O fundamento seguro de toda a esperança está aqui: Deus nunca nos deixa sozinhos e permanece fiel à palavra dada. Por este motivo, em toda a situação, seja ela feliz ou desfavorável, podemos manter uma esperança firme, rezando com o salmista: «Só em Deus descansa a minha alma, d’Ele vem a minha esperança» (Sl 62/61,6). Portanto ter esperança equivale a confiar no Deus fiel, que mantém as promessas da aliança. Por isso, a fé e a esperança estão intimamente unidas. A esperança «é, de fato, uma palavra central da fé bíblica, a ponto de, em várias passagens, ser possível intercambiar os termos “fé” e “esperança”. Assim, a Carta aos Hebreus liga estreitamente a “plenitude da fé” (10,22) com a “imutável profissão da esperança” (10,23). De igual modo, quando a Primeira Carta de Pedro exorta os cristãos a estarem sempre prontos a responder a propósito do logos – o sentido e a razão – da sua esperança (3,15), “esperança” equivale a “fé”» (Enc. Spe salvi, 2).
Amados irmãos e irmãs, em que consiste a fidelidade de Deus à qual podemos confiar-nos com firme esperança? Consiste no seu amor. Ele, que é Pai, derrama o seu amor no mais íntimo de nós mesmos, através do Espírito Santo (cf. Rm 5,5). E é precisamente este amor, manifestado plenamente em Jesus Cristo, que interpela a nossa existência, pedindo a cada qual uma resposta a propósito do que quer fazer da sua vida e quanto está disposto a apostar para a realizar plenamente. Por vezes o amor de Deus segue percursos surpreendentes, mas sempre alcança a quantos se deixam encontrar. Assim a esperança nutre-se desta certeza: «Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele» (1 Jo 4,16). E este amor exigente e profundo, que vai além da superficialidade, infunde-nos coragem, dá-nos esperança no caminho da vida e no futuro, faz-nos ter confiança em nós mesmos, na história e nos outros. Apraz-me repetir, de modo particular a vós jovens, estas palavras: «Que seria da vossa vida, sem este amor? Deus cuida do homem desde a criação até ao fim dos tempos, quando completar o seu desígnio de salvação. No Senhor ressuscitado, temos a certeza da nossa esperança» (Discurso aos jovens da diocese de São Marino-Montefeltro, 19 de Junho de 2011).
Também hoje, como aconteceu durante a sua vida terrena, Jesus, o Ressuscitado, passa pelas estradas da nossa vida e vê-nos imersos nas nossas atividades, com os nossos desejos e necessidades. É precisamente no nosso dia-a-dia que Ele continua a dirigir-nos a sua palavra; chama-nos a realizar a nossa vida com Ele, o único capaz de saciar a nossa sede de esperança. Vivente na comunidade de discípulos que é a Igreja, Ele chama também hoje a segui-Lo. E este apelo pode chegar em qualquer momento. Jesus repete também hoje: «Vem e segue-Me!» (Mc 10,21). Para acolher este convite, é preciso deixar de escolher por si mesmo o próprio caminho. Segui-Lo significa entranhar a própria vontade na vontade de Jesus, dar-Lhe verdadeiramente a precedência, antepô-Lo a tudo o que faz parte da nossa vida: família, trabalho, interesses pessoais, nós mesmos. Significa entregar-Lhe a própria vida, viver com Ele em profunda intimidade, por Ele entrar em comunhão com o Pai no Espírito Santo e, consequentemente, com os irmãos e irmãs. Esta comunhão de vida com Jesus é o «lugar» privilegiado onde se pode experimentar a esperança e onde a vida será livre e plena.
As vocações sacerdotais e religiosas nascem da experiência do encontro pessoal com Cristo, do diálogo sincero e familiar com Ele, para entrar na sua vontade. Por isso, é necessário crescer na experiência de fé, entendida como profunda relação com Jesus, como escuta interior da sua voz que ressoa dentro de nós. Este itinerário, que torna uma pessoa capaz de acolher a chamada de Deus, é possível no âmbito de comunidades cristãs que vivem uma intensa atmosfera de fé, um generoso testemunho de adesão ao Evangelho, uma paixão missionária que induza a pessoa à doação total de si mesma pelo Reino de Deus, alimentada pela recepção dos sacramentos, especialmente a Eucaristia, e por uma fervorosa vida de oração. Esta «deve, por um lado, ser muito pessoal, um confronto do meu eu com Deus, com o Deus vivo; mas, por outro, deve ser incessantemente guiada e iluminada pelas grandes orações da Igreja e dos santos, pela oração litúrgica, na qual o Senhor nos ensina continuamente a rezar de modo justo» (Enc. Spe salvi, 34).
A oração constante e profunda faz crescer a fé da comunidade cristã, na certeza sempre renovada de que Deus nunca abandona o seu povo e que o sustenta suscitando vocações especiais, para o sacerdócio e para a vida consagrada, que sejam sinais de esperança para o mundo. Na realidade, os presbíteros e os religiosos são chamados a entregar-se de forma incondicional ao Povo de Deus, num serviço de amor ao Evangelho e à Igreja, num serviço àquela esperança firme que só a abertura ao horizonte de Deus pode gerar.
Assim eles, com o testemunho da sua fé e com o seu fervor apostólico, podem transmitir, em particular às novas gerações, o ardente desejo de responder generosa e prontamente a Cristo, que chama a segui-Lo mais de perto. Quando um discípulo de Jesus acolhe a chamada divina para se dedicar ao ministério sacerdotal ou à vida consagrada, manifesta-se um dos frutos mais maduros da comunidade cristã, que ajuda a olhar com particular confiança e esperança para o futuro da Igreja e o seu empenho de evangelização. Na verdade, sempre terá necessidade de novos trabalhadores para a pregação do Evangelho, a celebração da Eucaristia, o sacramento da Reconciliação.
Por isso, oxalá não faltem sacerdotes zelosos que saibam estar ao lado dos jovens como «companheiros de viagem», para os ajudarem, no caminho por vezes tortuoso e obscuro da vida, a reconhecer Cristo, Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14,6); para lhes proporem com coragem evangélica a beleza do serviço a Deus, à comunidade cristã, aos irmãos. Não faltem sacerdotes que mostrem a fecundidade de um compromisso entusiasmante, que confere um sentido de plenitude à própria existência, porque fundado sobre a fé n’Aquele que nos amou primeiro (cf. 1 Jo 4,19).
Do mesmo modo, desejo que os jovens, no meio de tantas propostas superficiais e efêmeras, saibam cultivar a atração pelos valores, as metas altas, as opções radicais por um serviço aos outros seguindo os passos de Jesus. Amados jovens, não tenhais medo de O seguir e de percorrer os caminhos exigentes e corajosos da caridade e do compromisso generoso. Sereis felizes por servir, sereis testemunhas daquela alegria que o mundo não pode dar, sereis chamas vivas de um amor infinito e eterno, aprendereis a «dar a razão da vossa esperança» (1 Ped 3,15).

Vaticano, 6 de Outubro 2012.